quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

DO AMOR AO PRÓXIMO!

Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo.
Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;
para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?
E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo?
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.
Mateus 5:43-48



     Ouve-se falar tanto na batalha espiritual que nos rodeia, onde anjos pelejam por nós contra as hostes do inferno, que muitas vezes usamos o discurso de que somos filhos de Deus e que Ele vinga nossos inimigos e nos dá a vitória. Aliás, esta é uma das “ideologias” de muitas igrejas por aí. Vivemos em uma época de ódio e vingança! Quem é do mundo, pratica a justiça com suas próprias mãos e muitos de nós, cristãos, achamos que Deus deve tomar conta do castigo dos nossos inimigos, afinal, sou um “ungido” dEle.
      Mas muitas vezes vemos o injusto ter vitória sobre o justo. Basta olharmos cidadãos de bem aprisionados em suas casas enquanto a violência assola as ruas. Basta olharmos nosso corrupto cenário político, onde descaradamente são desviadas verbas públicas que deveriam suprir as necessidades do povo. E, numa situação destas, como age o cristão? Diz que Deus é injusto? Não! As autoridades são instituídas por Deus! Isso não significa que elas sejam nossas amigas. Deus instituiu Saul rei de Israel, nem por isso ele foi um bom governante, mas Deus esteve presente e permitiu cada ato. Temos a péssima mania de achar que porque somos cristãos somos privilegiados e que nenhum mal pode nos atingir, nenhum inimigo pode nos ferir. Grande engano! Neste texto Jesus afirma que Deus faz nascer o sol sobre bons e maus e a chuva cair sobre justos e injustos. Erra quem pensa que a travessia do cristão pelo mundo é fácil. Apesar de termos já a vida eterna, aqui sofremos ataques intensos do inimigo. Eles estão sempre à espera da nossa queda e Jesus nos orienta a perdoar e orar pelos que nos perseguem, sejam eles políticos desonestos ou inimigos pessoais.
    Como amar e perdoar a quem nos quer mal?
    Entender que meu inimigo não é a pessoa que está me atacando e ferindo, e sim o espírito que habita nela, nos ajuda a ver certas atitudes hostis com olhos um pouco mais complacentes. Nossa luta é contra principados e potestades. Somos todos pecadores e maus, o que nos diferencia é o espírito que habita em nós. Felizes somos se temos nossas vidas guiadas pelo Espírito Santo.
    É preciso também procurar entender os motivos, as circunstâncias que o fizeram tornar-se meu inimigo. Muitas vezes passamos a compreender melhor as atitudes do ser humano quando conhecemos sua vida, suas carências e dificuldades. Isto nos faz ter mais misericórdia. Quantas pessoas nos hostilizam por não conhecerem ou compreenderem a Palavra de Deus?
    Através do sacrifício de Cristo, Deus nos perdoa e esquece nossos pecados. Em Cristo, também nossos inimigos estão perdoados por Ele. Se sou cristão devo perdoar e pedir que Deus os abençoe e liberte do jugo de satanás, por mais que o meu desejo seja o de orar para que Deus mantenha-os longe dos meus olhos! É preciso orar pedindo pela conversão deles. Se eu amar apenas a quem me ama, em que isso me torna diferente do ímpio?
    Isso tudo não quer dizer que temos uma tarefa fácil pela frente, muito pelo contrário: A vida do cristão é repleta de renúncias e dificuldades. Parece que Deus exige de nós um preço muito alto para vivermos neste mundo cruel e violento, onde o ímpio se dá bem e o justo precisa se defender diariamente dos ataques e perseguições do inimigo. Ter que orar e amar a quem só quer nosso mal é uma tarefa muito difícil para nós! Responder ao ódio com amor nos exige demais! Mas é preciso ter em mente que nossa recompensa não está neste mundo. Nossa salvação custou um preço muito alto, fomos resgatados pela vida do único justo que andou pela face da terra, o próprio Deus em forma de homem que sofreu o castigo de nossas iniquidades em nosso lugar e cumpriu perfeitamente todas as exigências do Pai para que novamente pudéssemos ter a eternidade que nossos primeiros pais perderam no Éden.      
    Pensando em tudo isso se torna mais fácil perdoar a quem nos fere e persegue, pois sabemos que somos eleitos de Deus para a vida eterna e é nosso dever falar deste presente também aos nossos inimigos, se não em palavras, em exemplo de vida.

    Que possamos exibir a perfeição de Cristo em nossas vidas, para que nossos inimigos espirituais saibam que somos diferentes e que, apesar de todas as tribulações pelas quais passamos há algo em nós que nos distancia deles em quilômetros: A confiança que depositamos no amor de Deus e a certeza de que mesmo sofrendo nos regozijamos no Senhor, pois há um lugar preparado para nós na eternidade, e Cristo já nos reservou um assento de honra!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

"POBRE" TRAFICANTE

    O assunto do momento é o pedido de clemência de nossa presidente Dilma diante da execução do brasileiro na Indonésia pelo crime de tráfico de drogas. É um fato triste, sim, mas o rapaz sabia da pena pelo crime quando entrou no país e mesmo assim resolveu correr o risco. Foi vítima da sua ganância e inconsequência. O que mais choca são as "lágrimas de crocodilo" da presidente.
    Nosso país está desmoronando com tanta corrupção, miséria, covardia e violência. O tráfico tomou conta das ruas, policiais estão perdendo suas vidas nas mãos dos bandidos, os presídios são comandados pelos marginais que postam selfies alegremente nas redes sociais portando armas e consumindo drogas, crianças estão se prostituindo, roubando e matando para comprar "pedras" e nossa presidente chorando a vida de um bandido que transgrediu a lei de um país?
    Realmente está ocorrendo uma grande inversão de valores! Bandidos matam policiais como se fossem moscas, famílias ficam partidas ao meio enquanto o Legislativo cria a lei da "palmadinha"! Os policiais que combatem o crime, que morrem ou são feridos no cumprimento do dever não merecem lágrimas? Aos olhos da nossa presidente merece lágrimas a vida do traficante que fornece drogas a uma criança, aquele que transgride leis, quem rouba, quem corrompe, situação que está se tornando rotina em nosso país que há muito deixou de ser nossa pátria amada. País que vem afundando dia após dia em um mar de lama imunda onde políticos corruptos e ladrões chafurdam feito porcos no chiqueiro! Que país é esse que contesta a soberania e a rigidez das leis de outra nação ao invés de punir os bandidos que imputam a "pena de morte" a nós, cidadãos honestos, que somos obrigados a nos refugiar nos nossos lares cercados por grades e cercas elétricas enquanto bandidos comandam o crime dos presídios e onde ladrões de colarinho branco maquinam leis que os protegem? Que país é este que liberta o traficante e condena o policial? Que país é este que chora a morte de um bandido enquanto famílias enterram por dia inúmeros cidadãos honestos e honrados que morrem pelas mãos de marginais?
    Faça-me o favor, senhora presidente, engula seu choro! Senhores "doutores da lei" corruptos, ao invés de meterem-se com a vida dos outros países, tratem de mascarar melhor seus crimes que já estão fedendo além da conta e contaminando o ar da pátria amada. Limpem seus chiqueiros, criem vergonha na cara! Chorem, sim pelas suas consciências pesadas (se é que as tem), emocionem-se com o choro de uma criança faminta ou pelo sofrimento de uma mãe cujo filho está doente e o governo não fornece o remédio porque o dinheiro foi desviado para seus bolsos. Mas se não forem tocados pelo martírio do seu país, pelo menos fiquem com suas bocas fechadas para não vomitar mentiras e incoerências! Senhora presidenta, guarde suas lágrimas para o dia em que tiver que prestar contas de seus atos diante da nação ou diante de Deus. Por enquanto, retire-se de cena e vá preparar sua defesa!
 
Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; 2 Pedro 2:9

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A FONTE DA VERDADEIRA VIDA

" Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água.
Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara.
E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?
E ele clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou.
E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara.
Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas."

Êxodo 15:22-27

    Durante toda sua travessia no deserto até Canaã, Israel se deparou sempre com problemas semelhantes: Longas caminhadas, deserto, fome, sede, idolatria e murmuração. Pouco antes deste episódio cantavam e louvavam a Deus pela vitória diante dos egípcios no Mar Vermelho, mas três dias foram suficientes para começar a reclamação.  Entretanto, Deus Também concedeu a Israel várias bênçãos: A nuvem que os protegia do sol, a coluna de fogo que os guiava e aquecia à noite, o maná, as roupas que não sujavam ou rasgavam, os calçados que não desgastavam, além da Sua presença constante e visível. Após transformar as águas amargas de Mara em águas potáveis, Deus os provou e cobrou obediência, em seguida os fez chegar a um grande oásis com muita água e sombra de palmeiras.
    Nós, em nossa longa caminhada por este mundo, enfrentamos problemas semelhantes aos de Israel (doenças, desemprego, medos, aflições...) e também recebemos muitas bênçãos (o sol que nasce a cada dia, a chuva, o ar que respiramos, os amigos, o teto que nos abriga, a roupa que nos aquece e o alimento que nos fortalece), mas ao primeiro sinal de tempestade deixamos de cantar e começamos a murmurar. Tudo de bom é esquecido e nossa vida se torna amarga e triste como a fonte de Mara. Cobramos de Deus  a fome e a sede que sentimos, nos julgamos seres especiais e dignos de atenção especial e esquecemos de agradecer a Deus pelo cuidado e amor.  Ele nos prometeu amparo nas dificuldades, mas não disse que não as daria, porque são os problemas que nos fazem clamar, são as tempestades que nos fazem buscar refúgio junto a Ele.
    A travessia de Israel deveria durar apenas quarenta dias, mas as murmurações constantes e a falta de confiança fizeram com que o percurso aumentasse para quarenta anos! Muitas vezes aumentamos nosso sofrimentos pelos mesmos motivos. Ao invés de clamar a Ele passamos a reclamar e querer andar sozinhos, longe da nuvem que nos guia e protege. Quando estamos fracos e sedentos Ele nos guia a algum oásis para que descansemos e recuperemos nossas forças.
    Os oásis são verdadeiros paraísos para os caminhantes do deserto. Suas fontes de água pura e as tamareiras são visões do céu em meio ao inferno! Com as folhas das palmeiras são feitas casas para os nômades,  seus frutos são saborosos e nutritivos, sua sombra permite a cultura de vários alimentos resistentes ao calor como o feijão, o amendoim e a cebola. Elas crescem rapidamente porque suas raízes são adaptadas para sugar a água da fonte.
    Deus nos enviou uma fonte de água perene para que constantemente matemos nossa sede, revigoremos nosso espírito e aliviemos as dores de nossa caminhada. Ele enviou Seu filho Jesus para que nunca mais sinta sede aquele que beber de Sua água. Lembremo-nos do sacrifício dAquele que morreu pelos nosso pecados: Ele foi humilhado, torturado e sacrificado por mim e por você e em nenhum momento esboçou qualquer murmúrio.
    Desejo que, assim como as tamareiras, finquemos nossas raízes ao redor da Fonte para matarmos a sede em Suas águas, que nossas folhas possam servir de abrigo e fazer sombra para os viajantes, que possamos permitir que árvores menores cresçam à nossa sombra até tornarem-se fortes. Sejamos aquela árvore que adoçou as águas amargas de Mara, para que possamos também adoçar as amarguras daqueles que nos rodeiam. Sejamos mais açúcar e menos fel, mais Elim e menos Mara!