quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A FONTE DA VERDADEIRA VIDA

" Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água.
Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara.
E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?
E ele clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou.
E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara.
Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas."

Êxodo 15:22-27

    Durante toda sua travessia no deserto até Canaã, Israel se deparou sempre com problemas semelhantes: Longas caminhadas, deserto, fome, sede, idolatria e murmuração. Pouco antes deste episódio cantavam e louvavam a Deus pela vitória diante dos egípcios no Mar Vermelho, mas três dias foram suficientes para começar a reclamação.  Entretanto, Deus Também concedeu a Israel várias bênçãos: A nuvem que os protegia do sol, a coluna de fogo que os guiava e aquecia à noite, o maná, as roupas que não sujavam ou rasgavam, os calçados que não desgastavam, além da Sua presença constante e visível. Após transformar as águas amargas de Mara em águas potáveis, Deus os provou e cobrou obediência, em seguida os fez chegar a um grande oásis com muita água e sombra de palmeiras.
    Nós, em nossa longa caminhada por este mundo, enfrentamos problemas semelhantes aos de Israel (doenças, desemprego, medos, aflições...) e também recebemos muitas bênçãos (o sol que nasce a cada dia, a chuva, o ar que respiramos, os amigos, o teto que nos abriga, a roupa que nos aquece e o alimento que nos fortalece), mas ao primeiro sinal de tempestade deixamos de cantar e começamos a murmurar. Tudo de bom é esquecido e nossa vida se torna amarga e triste como a fonte de Mara. Cobramos de Deus  a fome e a sede que sentimos, nos julgamos seres especiais e dignos de atenção especial e esquecemos de agradecer a Deus pelo cuidado e amor.  Ele nos prometeu amparo nas dificuldades, mas não disse que não as daria, porque são os problemas que nos fazem clamar, são as tempestades que nos fazem buscar refúgio junto a Ele.
    A travessia de Israel deveria durar apenas quarenta dias, mas as murmurações constantes e a falta de confiança fizeram com que o percurso aumentasse para quarenta anos! Muitas vezes aumentamos nosso sofrimentos pelos mesmos motivos. Ao invés de clamar a Ele passamos a reclamar e querer andar sozinhos, longe da nuvem que nos guia e protege. Quando estamos fracos e sedentos Ele nos guia a algum oásis para que descansemos e recuperemos nossas forças.
    Os oásis são verdadeiros paraísos para os caminhantes do deserto. Suas fontes de água pura e as tamareiras são visões do céu em meio ao inferno! Com as folhas das palmeiras são feitas casas para os nômades,  seus frutos são saborosos e nutritivos, sua sombra permite a cultura de vários alimentos resistentes ao calor como o feijão, o amendoim e a cebola. Elas crescem rapidamente porque suas raízes são adaptadas para sugar a água da fonte.
    Deus nos enviou uma fonte de água perene para que constantemente matemos nossa sede, revigoremos nosso espírito e aliviemos as dores de nossa caminhada. Ele enviou Seu filho Jesus para que nunca mais sinta sede aquele que beber de Sua água. Lembremo-nos do sacrifício dAquele que morreu pelos nosso pecados: Ele foi humilhado, torturado e sacrificado por mim e por você e em nenhum momento esboçou qualquer murmúrio.
    Desejo que, assim como as tamareiras, finquemos nossas raízes ao redor da Fonte para matarmos a sede em Suas águas, que nossas folhas possam servir de abrigo e fazer sombra para os viajantes, que possamos permitir que árvores menores cresçam à nossa sombra até tornarem-se fortes. Sejamos aquela árvore que adoçou as águas amargas de Mara, para que possamos também adoçar as amarguras daqueles que nos rodeiam. Sejamos mais açúcar e menos fel, mais Elim e menos Mara!

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