Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Colossenses 3:12
Muitos de nós somos tão egoístas que pedimos a Deus que transforme a pessoa a quem não toleramos quando quem na verdade deve mudar somos nós. A razão nem sempre está conosco e, mesmo que esteja não é à força que vamos conseguir mudar opiniões e atitudes, e sim com exemplos.
A intolerância é, na maioria das vezes, a causadora de grandes discórdias de ordem social, política e religiosa. Quantas guerras “santas” em que se mata em nome de Deus, se julga em nome de Deus e se condena em nome de Deus...simplesmente porque idéias não se fecham. O mundo está carente de respeito pelo próximo, queremos enfiar o Evangelho pela goela dos ímpios abaixo, quando o meio correto de chamar a atenção de alguém é nosso próprio exemplo.
Como estou me comportando diante das diferenças do meu irmão? Será que meu exemplo arrasta ou afasta? Há muitas coisas que não devemos tolerar em nosso meio como a hipocrisia, a fofoca, a inveja, enfim, os cânceres que minam as relações sociais. O próprio Jesus demonstrou intolerância ao deparar-se com mercadores dentro do templo (Lucas 19:45). O problema é quando me impaciento com meu irmão simplesmente porque seus defeitos me incomodam ou porque ele não crê no que eu creio, não age como eu agiria ou não pensa como eu.
Que tipo de cristão estou sendo quando prego um Deus bondoso e paciente se não tenho seu reflexo em minha vida? É tão fácil apontar o defeito do meu irmão, mas tão difícil corrigir o que está errado em mim porque simplesmente não quero enxergar. A mudança deve começar de dentro, precisamos ser luz, ponto de referência para que as pessoas “sintam” o Cristo que habita em nós. Não quero com isso dizer que sejamos santos perfeitos (não conseguiríamos), mas nossos defeitos ficam muito mais leves quando temos Deus no nosso dia a dia, possuímos um brilho diferente, radiante quando estamos em comunhão com Cristo.
Sejamos pacientes, tolerantes, assim como desejamos que sejam conosco. Todos somos merecedores da misericórdia do Criador através da morte na cruz do Seu filho. Somos diferentes em idéias e atitudes, mas iguais diante de Deus. Sejamos luzeiro para os outros, tenhamos em nós o brilho da Salvação.
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