sábado, 26 de fevereiro de 2011

A IGREJA DE QUARTA-FEIRA


Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei. 1 Pedro 2:17

        Diferentemente daquele dito popular que diz que os opostos se atraem, no contexto de Igreja são as semelhanças de objetivos, atitudes e pensamentos que atraem os irmãos.
        Vou começar contando rapidamente a história da nossa Paróquia que começou como um pequeno Ponto Missionário: no início os cultos eram realizados aos domingos e nas quartas-feiras o tempo era dividido entre Culto de Oração e Estudo Bíblico. A igreja cresceu rapidamente, foi decidido que a Escola Bíblica seria aos domingos para que todos os que participassem do culto também pudessem estudar a Palavra, pois muitos dependiam de condução ou trabalhavam durante a semana. A freqüência aumentou um pouco, nada muito significativo, e as quartas-feiras continuavam com o mesmo grupo que após o Culto de Oração bombardeavam o pastor com perguntas. Agora também há o Estudo Bíblico às quartas-feiras e chegamos à conclusão de que possuímos duas Igrejas:
         A primeira, a de domingo, às vezes fica lotada, mas a sinto como se fosse uma estação de rádio mal sintonizada, uma mistura de vozes, interesses e objetivos diversos. Não é só na Igreja Romana que há fiéis por tradição, onde se deve ir à missa aos domingos e o restante das atividades são secundárias. Infelizmente vejo que na nossa Igreja isso também existe. Algumas pessoas estão ali simplesmente para preencher um espaço, não acreditam realmente que suas vidas podem ser transformadas. A Palavra entra por um ouvido e sai pelo outro, muitas vezes nem entra.
        A segunda é a Igreja de quarta-feira que acredito seja a mais próxima do projeto de Deus. Nem todos pensamos da mesma forma, mas os objetivos são os mesmos: conhecer a Palavra e buscar a salvação através de Jesus. Há uma sintonia quase perfeita, onde se consegue ouvir uma só voz e existe uma necessidade enorme de estar ali compartilhando suas angústias, seus problemas e também suas vitórias. Esta Igreja praticamente “carrega” a de domingo, pois nela há quem atue em todas as áreas, desde a intercessão, passando pela tomada de algumas decisões até a limpeza da Igreja. É ativa e vibrante, se preocupa com o bem estar do outro, chora e ri com o grupo.
        Mas eu estaria sendo injusta se falasse desta Igreja sem citar nossa irmã Solange. Apesar dos problemas de saúde que enfrenta (devido ao diabetes perdeu a visão de um olho e parcialmente do outro) e problemas sérios de ordem pessoal, sem contar que depende de condução, nunca faltou a nenhum culto de domingo ou quarta-feira. Faça chuva ou faça sol, a única presença certa é da nossa irmã Solange. Um verdadeiro exemplo de fé, força e coragem. Pode cair como qualquer um de nós, mas na certeza de que será amparada por Cristo e pelos irmãos.
        Imagino que seria maravilhoso termos apenas as Igrejas de quarta-feira, mas acredito que sua tarefa seja resgatar a de domingo, dando exemplos de persistência e fé e acreditando sempre que todos nós temos “jeito”, basta perseverarmos nos caminhos de Deus e apesar das interferências sempre tentar “sintonizar” a voz de Deus através do Evangelho. Tentemos, pois, sermos sempre quartas-feiras, para conquistarmos muitos domingos para Jesus!

Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26

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