terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DÚVIDAS, SIM. DUVIDAR, NUNCA!

        Às vezes parece que nossa vida é movida pela busca de resposta às nossas dúvidas, principalmente quando o assunto é Deus. Aprendi que a fé precisa de dúvidas para não ser cega e burra, mas aprendi também que todas as respostas se encontram na Bíblia. É um livro completo: Há lições de História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Psicologia, Direito... Quanto mais respostas encontro, mais dúvidas aparecem.
        O problema é quando, ao invés de ter dúvidas, começo a duvidar da palavra de Deus. Isso acontece quando sinto que preciso mudar minha vida se quiser viver comunhão com Deus. Então começo a dizer que as coisas não são bem assim, que a Bíblia foi escrita e traduzida por homens passíveis de erros como eu e passo a procurar minhas respostas em “estudos” de cientistas renomados e completamente ateus que humanizam Deus para divinizar a si próprios. Creio então (hipotéticamente falando) no Livro dos Espíritos que me diz que sempre terei, contrariando completamente a doutrina bíblica da ressurreição, uma segunda chance. Os donos dessas teorias também são homens, mas me identifico mais com eles do que com Deus, porque não são carrascos ao ponto de me obrigar a mudar praticamente tudo o que há em mim. A partir daí me torno uma marionete nas mãos do mundo e vou atrás da “teoria do momento”, acabo invertendo os papéis e de repente coloco Deus a me servir.
        Isso me faz lembrar a predestinação em Mateus 22:14: “porque muitos são os chamados, mas poucos escolhidos”. Enquanto eu estiver em comunhão com Deus, vivendo e estudando Sua palavra, posso ter certeza de que naquele momento sou uma das escolhidas. O que não posso é duvidar da Bíblia, que há milhares de anos é sempre a mesma, não se contradiz e é incrivelmente justa. Ela é igual para todos, suas regras não têm exceção. Devo, sim, embasar as respostas às minhas dúvidas nesse manual universal que nos garante uma vida melhor e mais feliz.
        Na Igreja encontramos pessoas (inclusive eu) que começam a questionar a Bíblia justamente em assuntos referentes às suas fraquezas de caráter. Procuramos “moldar” e “adaptar” a Palavra de Deus de acordo com nossa necessidade. O avarento diz que dizimar não é tão necessário porque Deus não precisa de dinheiro; O fofoqueiro não está falando mal, está apenas preocupado com a vida do outro; O soberbo diz que perdoar é obrigação de Deus, não dele; O adúltero acha que só um pecadinho não faz mal, afinal, Deus é infinita bondade, quer ver Seus filhos felizes e certamente perdoa; Os pais omissos têm a desculpa de que a escola e a igreja educam seus filhos, sua obrigação é sustentá-los. São infinitas as situações em que “esquecemos” das leis de Deus para aliviarmos nossa culpa.
        Dúvidas fazem parte da vida do crente. A cada resposta que encontramos, mais fortalecida fica nossa fé. O que jamais devemos fazer é duvidar do livro que sempre venceu e ainda vence “modismos” e será nosso manual até o dia da volta do Cristo, quando teremos todas as nossas perguntas respondidas por Ele.

Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Tiago 1:6



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